GUATEMALA CITY/SAN SALVADOR (Reuters) - Honduras, Guatemala e El Salvador concordaram em unir forças e buscar o apoio do México para elaborar uma estratégia conjunta em resposta à conquista da Presidência dos Estados Unidos por Donald Trump, disse o ministro do Exterior de El Salvador à Reuters nesta quarta-feira.
A surpreendente vitória de Trump tem abalado o México e a América Central, que dependem bastante das remessas e do comércio bilateral com os EUA.
O presidente eleito Trump chegou à vitória em 8 de novembro depois de prometer terminar com a imigração ilegal e reavaliar os tratados comerciais que, segundo ele, levaram empresas norte-americanas a transferir empregos para o sul onde os salários são mais baixos.
Muitos dos migrantes para os EUA saem dos países pobres Honduras, Guatemala e El Salvador, e há preocupações de que a promessa de Trump de deportar milhões de imigrantes possa ter consequências sérias nos países da América Central com menos empregos e segurança precária.
Nesta quarta, um dia depois de uma reunião regional em Honduras, os três países divulgaram um comunicado conjunto pedindo que os seus respectivos Ministérios do Exterior unissem forças e formulassem propostas sobre empregos, investimento e migração para lidar com o novo governo dos EUA, mas o comunicado não fez referência ao México.
Contudo, o presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, o da Guatemala, Jimmy Morales, e o líder de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén, acordaram em buscar o apoio do México, disse Hugo Martínez, ministro do Exterior de El Salvador, confirmando o que uma fonte de outro governo havia dito à Reuters mais cedo.
"O que os presidentes nos disseram era que além desse grupo nós poderíamos expandir e buscar contato com o México, primeiramente, e depois com outros países latino-americanos”, disse Martínez.
(Por Sofia Menchu e Nelson Renteria)