BEIRUTE (Reuters) - O presidente sírio, Bashar al-Assad, pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) e a outras entidades internacionais, nesta quarta-feira, que ajudem a Síria a restaurar Palmira depois que as forças do governo expulsaram militantes do Estado Islâmico da cidade histórica.
A agência estatal de notícias Sana relatou que Assad fez o apelo em uma mensagem ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na qual também o agradeceu por ter saudado a expulsão do grupo radical da cidade síria, que a agência cultura da ONU, a Unesco, declarou ser um patrimônio da humanidade.
A reação ocidental à retomada de Palmira no domingo tem sido discreta. Embora alguns governos tenham louvado o revés imposto ao Estado Islâmico, relutam em comemorar qualquer vitória de um presidente cuja saída muitos líderes ocidentais exigiram cinco anos atrás, quando começou a guerra civil no país.
O grupo jihadista tomou Palmira em maio do ano passado e dinamitou dois de seus templos da era romana, um arco do triunfo e torres fúnebres. A facção ainda deixou minas e bombas entre as ruínas e destruiu estátuas e mostruários no museu da cidade, disseram autoridades sírias e russas.
A Rússia, que forneceu apoio aéreo vital para a ofensiva do Exército, afirmou no início desta semana que está enviando engenheiros militares, cães farejadores e "robôs antiminas" para ajudar a desativar os explosivos na cidade.
A agência de notícias Interfax disse que o encaminhamento de engenheiros militares para a Síria será finalizado no início de abril, e que mais de 90 efetivos serão enviados à Síria para a tarefa.
Em sua mensagem a Ban, Assad renovou a oferta da Síria para cooperar com "todos os esforços sinceros" de combater o terrorismo, relatou a Sana. "Este momento pode ser o mais apropriado para acelerar a guerra coletiva contra o terrorismo", teria dito o líder sírio.
(Por Dominic Evans; reportagem adicional de Maria Tsetkova e Denis Pinchuk em Moscou)