SAN FRANCISCO (Reuters) - O maior grupo de médicos dos Estados Unidos pediu na quarta-feira ao governo do presidente Donald Trump para proteger médicos estrangeiros e pacientes em estado grave de um decreto presidencial que impede as viagens aos EUA de cidadãos de sete países de maioria muçulmana.
Em carta ao secretário de Segurança Interna, John Kelly, a Associação Médica Americana (AMA) alertou que o decreto cria barreiras ao sistema de saúde ao impedir que médicos estrangeiros voltem ao país ou recebam vistos. A associação também escreveu que o decreto não deve se aplicar a pacientes que precisam de cuidados médicos nos Estados Unidos.
"A AMA está preocupada que este decreto presidencial esteja impactando negativamente o acesso do paciente a tratamento e criando consequências não intencionais ao sistema de saúde de nossa nação", informou a associação em carta publicada em seu site. "É extremamente importante que este processo não afete o acesso de pacientes a tratamentos médicos".
Na sexta-feira, Trump determinou uma pausa de quatro meses na permissão de entrada de refugiados nos Estados Unidos e um impedimento temporário de viajantes da Síria e seis outros países de maioria muçulmana, dizendo que as ações iriam proteger os norte-americanos de ataques terroristas.
A carta da AMA também destacou a importância de diplomados internacionais em medicina, que representam um em cada quatro médicos praticantes nos Estados Unidos.
(Reportagem de Yasmeen Abutaleb)