BAGDÁ (Reuters) - Um homem-bomba se explodiu num funeral de parente de um comandante de milícia xiita na província oriental iraquiana de Diyala, nesta segunda-feira, matando pelo menos 40 pessoas em um ataque reivindicado pelo Estado Islâmico.
O ataque em Muqdadiya, 80 quilômetros a nordeste de Bagdá, matou seis comandantes locais do grupo Hashid Shaabi de milícias xiitas que participavam da cerimônia funeral, disseram agentes de segurança e policiais em Diyala.
Segundo as fontes, 58 pessoas ficaram feridas.
O Estado Islâmico, um grupo sunita ultra-radical que controla grande parte do norte e oeste do Iraque, assumiu a responsabilidade pela explosão, de acordo com um comunicado publicado em conta no Twitter do grupo de monitoramento SITE.
A morte dos comandantes, dos quais quatro eram da milícia Asaib Ahl al-Haq e dois da Organização Badr, deve inflamar as tensões sectárias na província mista.
Autoridades de segurança e testemunhas disseram que a situação em Muqdadiya estava tensa, com dezenas de integrantes das milícias xiitas nas ruas e sem a presença das forças de segurança.
Membros da milícia foram acusados de atacar mesquitas sunitas e moradores em Diyala após atentados semelhantes em janeiro, mas os grupos negam as acusações e culpam o Estado Islâmico.
Autoridades iraquianas declararam vitória sobre os insurgentes sunitas em Diyala um ano atrás, mas, apesar de não controlar território significativo na província oriental, o Estado Islâmico tem permanecido ativo lá.
(Reportagem de Ahmed Rasheed e Saif Hameed)