ISMAILIA, Egito (Reuters) - Dois ataques na Península do Sinai deixaram ao menos 28 membros das forças de segurança do Egito mortos nesta sexta-feira, disseram fontes de segurança, em um dos piores episódios de violência contra o Estado desde a deposição do presidente islamista Mohamed Mursi, no ano passado.
Mais de 25 pessoas morreram no primeiro ataque, na região de al-Kharuba, a noroeste de al-Arish, perto da fronteira com a Faixa de Gaza, disseram as fontes. Fontes médicas afirmaram esperar um aumento no número de vítimas, diante da gravidade do estado dos feridos.
O ataque teve como alvo dois veículos blindados estacionados perto de uma instalação militar, segundo as fontes.
Autoridades de segurança deram relatos conflitantes, com um dos oficiais baseados no Sinai dizendo que o ataque não foi com um carro-bomba, mas sim uma operação com lançadores de granadas. Mais de 25 pessoas ficaram feridas.
Horas mais tarde, homens armados abriram fogo contra um posto de controle na cidade de al-Arish, matando três membros das forças de segurança, disseram autoridades.
Não houve reivindicação imediata de responsabilidade pelos ataques. Operações anteriores similares foram reivindicadas pelo grupo militante mais ativo do Egito, o Ansar al-Bayt Maqsis.
O presidente Abdel Fattah al-Sisi convocou uma reunião de emergência do Conselho Nacional de Defesa em resposta ao que seu gabinete classificou como "ataque terrorista".
As forças de segurança enfrentam uma insurgência islamista que deixou centenas de soldados e policiais mortos desde que o Exército derrubou o presidente Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, no ano passado, após imensos protestos contra seu governo. A maioria dos ataques têm ocorrido no Sinai.
(Reportagem de Yusri Mohamed)