BEIRUTE (Reuters) - Ataques aéreos e bombardeios mataram ao menos 25 pessoas no leste rebelado da cidade síria de Aleppo nesta quinta-feira, o terceiro dia da retomada dos ataques, disse um grupo de monitoramento, e o prefeito do setor sitiado alertou para a falta total de combustível e alimento à medida que o inverno se instala.
O bombardeio do leste de Aleppo recomeçou na terça-feira depois de semanas de pausa, parte de uma escalada militar mais ampla do governo da Síria e de seus aliados, incluindo a Rússia, contra os insurgentes.
Moscou está usando um porta-aviões e mísseis disparados de outro navio de guerra contra alvos nos arredores da Síria, mas diz que não está bombardeando Aleppo. Na terça-feira o governo sírio disse estar alvejando o que chama de "bastiões terroristas" na cidade.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 250 mil civis permanecem nos bairros de Aleppo controlados pela oposição, na prática sob cerco desde que o Exército, ajudado por milícias apoiadas pelo Irã e por caças russos, bloqueou a última estrada de acesso a bairros rebeldes no início de julho.
Ataques aéreos frequentes em hospitais e a interrupção e poluição dos suprimentos de água agravaram a crise humanitária. Remédios, comida e combustíveis estão quase esgotados.
"Só há o suficiente para manter as padarias funcionando para dar ao menos algum pão às pessoas. As pessoas só estão recebendo cerca de 15 por cento do que precisam", disse Brita Hagi Hassan, presidente do conselho municipal de Aleppo, à Reuters.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, organização sediada no Reino Unido que monitora a guerra, disse que os ataques aéreos e bombardeios de helicópteros e caças atingiram a parte leste da cidade e causaram danos graves. Ataques aéreos também vitimaram áreas rebeladas a oeste e ao sul de Aleppo.
(Por Lisa Barrington)