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Atirador da Flórida é descrito como "calado", mas já tinha demonstrado sentimento de ódio

Publicado 13.06.2016, 09:11
© Reuters. Fotografia sem data publicada em rede social de Omar Mateen
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Por Zachary Fagenson

FORT PIERCE, Flórida (Reuters) - A foto de um anuário do ensino médio de Omar Mateen dificilmente chama atenção: um jovem de cabelo preto, dentuço e cheio de espinhas, sorri e exibe um bigode incipiente.

Sua transformação de jogador de futebol americano na adolescência para autor do pior ataque a tiros da história dos Estados Unidos está levando algumas pessoas a questionarem se teria sido possível notar sinais de sua simpatia aparente por extremistas muçulmanos.

Enquanto as famílias das vítimas choram e a nação se assombra com a escala de mais um massacre com armas de fogo, começa a emergir uma imagem do assassino de 29 anos como uma pessoa discreta e devota que nos últimos anos exibiu uma faceta raivosa e violenta.

Na madrugada de domingo, ele invadiu uma boate gay lotada em Orlando, no Estado da Flórida, com um revólver e um fuzil semiautomático AR-15, matando 50 pessoas a tiros antes de ser abatido pela polícia. Cinquenta e três outras pessoas ficaram feridas, muitas em estado crítico.

Sua ex-mulher, Sitora Yusufiy, o descreveu como "bipolar", emocionalmente perturbado e de temperamento violento. Ela disse que Mateen a batia e abusava fisicamente de outras maneiras durante rompantes nos quais "expressava ódio de tudo". Ela foi "resgatada" por familiares após meros quatro meses de um casamento que começou em 2009 e terminou em divórcio, afirmou ela.

"Ele brigava frequentemente com os pais, mas como eu era a única pessoa em sua vida, a maior parte da violência era direcionada a mim", disse ela a repórteres do lado de fora de uma casa da cidade de Boulder, no Colorado, onde está hospedada.

Ela disse que ele aspirava a ser policial e que trabalhou como agente de um centro de detenção para delinquentes juvenis em Fort Pierce, na Flórida, e que em uma ocasião tentou entrar em uma academia da polícia.

Em Fort Pierce, localizada na costa sudeste da Flórida, a 195 quilômetros do local do ataque, o imã da mesquita que Mateen frequentou durante quase 10 anos o descreveu como um fiel constante e tranquilo, que interagia raramente com a congregação.

"Ele mal tinha amigos", afirmou Syed Shafeeq Rahman, que comanda o Centro Islâmico de Fort Pierce, à Reuters. "Ele vinha com o filho pequeno à noite para rezar e depois ia embora".

Rahman disse que Mateen jamais o procurou para falar de qualquer problema com homossexuais. Normalmente ele rezava na mesquita algumas vezes por semana, sobretudo de noite –a mais recente delas na sexta-feira–, mas que não mostrou sinais de radicalismo, de acordo com outros frequentadores entrevistados pela Reuters.

Mateen nasceu em Nova York e tinha ascendência afegã, mas passou a maior parte da vida na Flórida, onde cursou o ensino secundário na Martin County High School de Stuart, uma pequena cidade a 20 minutos de carro do condomínio de Fort Pierce onde morou nos últimos tempos.

Seu pai, Mir Seddique, disse à rede de televisão NBC News que o massacre não tem relação com a religião e que seu filho se revoltou quando viu dois homens se beijando em Miami alguns meses atrás.

A Polícia Federal dos EUA (FBI) interrogou Mateen por ter suspeitado de elos seus como militantes islâmicos. A primeira investigação aconteceu em 2013, quando Mateen fez comentários inflamados a colegas de trabalho que indicavam uma simpatia por militantes, disse o agente especial do FBI a cargo do inquérito, Ron Hopper, em uma coletiva de imprensa em Orlando.

© Reuters. Fotografia sem data publicada em rede social de Omar Mateen

Na ocasião, Mateen trabalhava como segurança na G4S, multinacional britânica que é uma das maiores do mundo no setor de segurança privada. Ele entrou na G4S em setembro de 2007, portava uma arma no exercício de suas funções e estava empregado como segurança no momento do ataque, informou a empresa. A G4S é responsável pela proteção de edifícios federais na Flórida.

Mateen foi investigado e entrevistado duas vezes, mas o FBI foi "incapaz de verificar a substância de seus comentários", explicou Hopper.

(Reportagem adicional de Tim (SA:TIMP3) Reid em Los Angeles, Yeganeh Torbati e John Walcott em Washington, Bernie Woodall em Detroit e Yara Bayoumy em Fort Pierce)

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