CIDADE DO VATICANO (Reuters) - Um especialista em bioética do Vaticano criticou nesta terça-feira a morte por suicídio assistido da norte-americana Brittany Maynard, uma doente terminal de 29 anos que pôs fim à própria vida no fim de semana, o que classificou como um "absurdo" indigno.
"Esta mulher (tirou a própria vida) pensando que iria morrer com dignidade, mas esse é o erro", disse o monsenhor Ignacio Carrasco de Paula, líder da Pontifícia Academia para a Vida, à agência de notícias italiana Ansa.
"O suicídio não é uma coisa boa. É uma coisa ruim, porque diz não à vida e a tudo que ela significa com respeito à nossa missão no mundo e com aqueles ao nosso redor", declarou o chefe do centro de estudos do Vaticano em temas relacionados à vida na reportagem publicada no site da agência.
Ele descreveu o suicídio assistido como "um absurdo".
Brittany, que em janeiro foi diagnosticada com um tumor cerebral e havia anunciado planos de usar medicamentos para morrer quando sua dor se ficasse insuportável, tornou-se uma representante do movimento "direito de morrer".
O grupo Compassion & Choices (Compaixão e Escolhas), entidade sem fins lucrativos do Estado do Oregon que ajudou Brittany no fim da vida, declarou no domingo que ela morreu cercada por familiares e amigos.
A Igreja Católica se opõe à eutanásia e ao suicídio assistido, ensinando que a vida se inicia no momento da concepção e deveria terminar no momento da morte natural.
(Reportagem de Philip Pullella)