CARACAS (Reuters) - Autoridades venezuelanas libertaram na noite de quinta-feira o ativista e opositor Rosmit Mantilla, preso há dois anos e meio por acusações de ter financiado uma onda de violentos protestos contra o governo.
Mantilla era parte do grupo de mais de 130 ativistas considerados como "presos políticos" pela oposição do governo de Nicolás Maduro.
No início de novembro, autoridades libertaram uma parte dos presos, como parte de um gesto para avançar o processo de diálogo entre ambas as partes, em tentativa de superar a crise política e econômica que vive o país.
A oposição considera que todos devem ser libertados, inclusive o líder da oposição, Leopoldo López, e o ex-prefeito de Caracas, Antonio Ledezma. Além disto, pedem a ativação de um referendo para revogar o mandato de Maduro, que é acusado por eles pelas turbulências do país.
"Estou com sentimentos mistos, porque apesar da felicidade que temos, eu e meu filho, pela liberdade dele, não podemos estar totalmente felizes enquanto temos homens presos, enquanto mães como eu não podem dormir tranquilas", disse a mãe de Mantilla, Ingrid Flores, à rede colombiana NTN 24.
Maduro diz que na Venezuela não existem "presos políticos", e sim "políticos presos" acusados de diversos crimes, que vão de terrorismo a magnicídio.
(Reportagem de Diego Oré)