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Avião russo com 224 pessoas a bordo cai no Egito, não há sobreviventes

Publicado 31.10.2015, 17:45
Avião russo com 224 pessoas a bordo cai no Egito, não há sobreviventes
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Por Yusri Mohammed e Ahmed Mohamed Hassan

ISMAÍLIA, Egito/CAIRO (Reuters) - Um avião russo com 224 passageiros caiu neste sábado em uma região montanhosa da península do Sinai, no Egito, depois de desaparecer dos radares perto de altitude de cruzeiro, provocando a morte de todos a bordo.

Um grupo militante afiliado ao Estado Islâmico no Egito, Província do Sinai, disse em comunicado que derrubou o avião "em resposta aos ataques aéreos russos que mataram centenas de muçulmanos em terras sírias". Mas o ministro do Transporte da Rússia disse à agência de notícias Interfax que a afirmação "não pode ser considerada precisa".

O Airbus A321, operado pela companhia russa Kogalymavia sob a marca Metrojet, voava do resort de Sharm el-Sheikh, na região do Mar Vermelho, para São Petersburgo, quando caiu no centro da península do Sinai logo após o amanhecer, disse o Ministério da Aviação.

"Agora vejo uma cena trágica. Um monte de mortos no chão e muitos morreram ainda atados a seus assentos", afirmou um oficial da segurança egípcia à Reuters, por telefone.

"O avião foi dividido em dois, uma parte pequena na extremidade da cauda que queimou e uma parte maior que colidiu com uma rocha. Tiramos pelo menos 100 corpos e o resto ainda está no interior", acrescentou o oficial, que pediu anonimato.

Ambas as caixas pretas do avião foram encontradas, disse o ministro de Aviação Civil, Hossam Kemal, em entrevista à imprensa.

Kemal afirmou que a comunicação entre o avião e o controle de tráfego aéreo antes do acidente estava normal e que nada irregular ocorreu antes do acidente. "O avião não pediu mudança de rota", disse ele.

O primeiro-ministro egípcio, Sherif Ismail, também disse na entrevista que não parece haver nenhuma atividade incomum por trás do acidente, mas que os fatos só poderão ser esclarecidos depois de mais investigações.

Ismail disse que 129 corpos haviam sido removidos e que é quase impossível encontrar sobreviventes. Os corpos estavam sendo transportados para vários hospitais.

O Estado Islâmico, em um comunicado no Twitter, disse que derrubou o avião.

O Sinai é um local de insurgência de militantes que apoiam o Estado Islâmico. Os rebeldes mataram centenas de soldados e policiais egípcios e também atacaram alvos ocidentais nos últimos meses.

Não acredita-se que os militantes na região tenham mísseis capazes de atingir um avião a 30 mil pés. Sites do Estado Islâmico já assumiram no passado a responsabilidade por ações que não foram conclusivamente atribuídas à organização.

A Rússia, aliada do presidente sírio, Bashar al-Assad, lançou ataques aéreos contra grupos de oposição da Síria, incluindo o Estado Islâmico, no dia 30 de setembro.

TELEFONES TOCANDO

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou dia de luto no domingo. Entre os passageiros estavam 214 russos e três ucranianos.

Uma emissora de televisão russa mostrou imagens de parentes e amigos desesperados em busca de informações no aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo.

O A321 está em serviço desde 1994 e existem mais de 1.100 em operação no mundo, com um histórico de segurança considerado bom. É uma aeronave altamente automatizada e que usa computadores para ajudar os pilotos a conduzi-la.

A Airbus disse que o avião envolvido no acidente foi fabricado em 1997 e estava desde 2012 com a Metrojet. Ele tinha 56 mil horas de voo e mais de 21 mil viagens feitas, e era equipado com motores fabricadas pelo consórcio International Aero Engines, que inclui a Pratt & Whitney, unidade da United Technologies (N:UTX), e a alemã MTU Aero Engines.

Serviços de emergência e especialistas em aviação fizeram buscas nos destroços à procura de pistas. Há pedaços da aeronave espalhados por uma vasta área.

"Estamos ouvindo muitos telefones tocando, que devem ser das vítimas, e as forças de segurança estão coletando os aparelhos e colocando-os em uma mala", afirmou.

A companhia russa Kogalymavia foi fundada em 1993 e, no começo, chamava-se Kolavia. Sua frota consiste em dois A320s e sete A321s.

A Rússia e outras ex-repúblicas soviéticas possuem um histórico ruim de segurança aérea, principalmente nos voos domésticos.

Alguns acidentes no país ocorreram em decorrência da idade avançada das aeronaves, mas especialistas também apontam outros problemas, como o treinamento insuficiente da tripulação, aeroportos obsoletos, pouco controle governamental e negligência com a segurança na busca de maiores lucros.

O avião decolou às 5h51 do horário local e desapareceu dos radares 23 minutos depois, afirmou o Ministério da Aviação Civil do Egito em comunicado. A aeronave estava a uma altitude de 31 mil pés (9.400 metros) quando sumiu da tela dos radares.

Acidentes em altitude de cruzeiro são raros, mas costumam ser os mais fatais. Eles respondem por 13 por cento dos incidentes desde 2005, de acordo com a Boeing.

Investigadores prestarão atenção ao clima no momento da queda, também se debruçando sobre a experiência dos pilotos, registros de manutenção e quaisquer evidências de explosões. Especialistas normalmente apontam uma série de fatores como causas de acidentes aéreos, tanto humanos quanto técnicos.

De acordo com o FlightRadar24, um serviço sueco de rastreio de aviões, a aeronave estava descendo rapidamente, a cerca de 6.000 pés (1.800 metros) por minuto, antes de sumir dos controles de tráfego aéreo.

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