AMÃ (Reuters) - Jatos sírios bombardearam um posto de fronteira tomado por rebeldes perto das Colinas de Golã, ocupadas por Israel, em um dos confrontos mais pesados na região estratégica neste ano, disseram rebeldes e moradores na quinta-feira (horário local).
A Frente Nusra, braço da Al Qaeda na Síria, e grupos rebeldes moderados que lançaram o ataque na manhã desta quarta-feira no posto de fronteira estavam "mantendo o terreno", apesar do intenso bombardeio, de acordo com uma fonte da brigada islâmica Beit al Maqdis, cujos combatentes estavam envolvidos nos combates.
Um porta-voz de um outro grupo rebelde que opera na área, Abu Iyas al Horani, disse que pelo menos seis rebeldes foram mortos na mais recente onda de violência na região que fica quase 20 quilômetros a oeste da cidade de Quneitra, o principal centro urbano, que está sob o controle do Estado.
A travessia é monitorada pela Organização das Nações Unidas (ONU), que supervisiona o tráfego entre os dois países inimigos, mas a distância entre os postos dos dois rivais em guerra é de cerca de 200 metros.
Durante os combates, dois israelenses foram feridos por balas perdidas, um soldado e um civil, ambos nas Colinas de Golã. Israel respondeu com fogo de artilharia contra duas posições do Exército sírio, afirmou o Exército israelense nesta quarta-feira.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos afirmou que 20 soldados sírios e 14 rebeldes foram mortos nos confrontos. A organização reúne informações de todos os lados da guerra da Síria.
Uma porta-voz da ONU disse mais cedo que as forças de paz da organização não podiam confirmar se os rebeldes haviam tomado o posto de fronteira, "já que os combates persistem" em um dos seus postos.
Os rebeldes, entre os quais estão militantes inspirados na Al Qaeda hostis ao Estado judeu, tomaram brevemente no ano passado o posto fronteiriço entre Israel e Quneitra e agora controlam muitas aldeias na região.
Centenas de combatentes da Frente Nusra, que fugiram da província de Deir al-Zor após serem expulsos por seus rivais linha-dura do Estado Islâmico no início deste ano, se reagruparam no sul da Síria, aumentando a crescente presença rebelde nessa área, dizem ativistas.
(Reportagem de Suleiman Al-Khalidi)