Por Barbara Lewis
BRUXELAS (Reuters) - A polícia da Bélgica emitiu nesta segunda-feira um novo pedido de informações sobre um homem flagrado por câmeras de segurança no aeroporto de Bruxelas com dois outros que se acredita terem cometido ataques suicidas na área de check-in do terminal na semana passada.
Não ficou claro se o apelo significa que o homem, que poderia estar levando uma bomba, está foragido ou se a polícia está simplesmente tentando reforçar sua alegação de que um suspeito que prendeu e acusou de "assassinato terrorista" é o homem nas filmagens.
Seis pessoas foram acusadas na Bélgica após os ataques de terça-feira no aeroporto e em uma estação de metrô. O saldo de mortes subiu para 35 nesta segunda-feira, excluindo os dois homens-bomba do aeroporto e um terceiro que se explodiu em um trem na hora do rush.
Uma caçada por suspeitos em toda a Europa revelou ligações com a rede que realizou o atentado de Paris em novembro passado, e também frustrou um novo ataque em potencial na França na semana passada, disseram autoridades – mas há relatos de que vários suspeitos continuam à solta.
O homem com um casaco leve empurrando um carrinho de bagagem com uma mala dentro, tal como visto nas imagens do aeroporto divulgadas nesta segunda-feira, juntamente com o apelo, foi apelidado de "homem de chapéu".
A mídia belga o identificou como Faycal Cheffou, que se diz um jornalista independente.
Uma fonte a par da investigação, que falou sob condição de anonimato, disse que se acredita que um suspeito identificado pelos promotores simplesmente como Faycal C, que foi acusado de tentativa e cometimento de assassinato terrorista, é Cheffou.
Mas a fonte repetiu que não foi feita um identificação oficial, dando a entender que a polícia pode estar tendo dificuldade de ligá-lo com a figura captada pelas câmeras de segurança, que estava usando óculos e cujo chapéu cobria o rosto.
A nota oficial da polícia diz que a corporação ainda está tentando identificar formalmente o homem, que é suspeito de ter abandonado uma mala contendo uma bomba que não explodiu antes de fugir do terminal.
O Estado Islâmico assumiu tanto os atentados de Paris quanto os de Bruxelas, que expuseram fragilidades dos serviços de inteligência da Bélgica, onde alguns dos agressores de Paris moravam, assim como a cooperação insuficiente entre os serviços de segurança europeus.
(Reportagem adicional de Philip Blenkinsop)