DHAKA (Reuters) - Bangladesh enforcou um importante membro do partido islâmico neste sábado, por atrocidades cometidas durante a guerra de independência do Paquistão, em 1971, disse o ministro da Justiça, Anisul Haq.
Mir Quasem Ali, 63 anos, importante financiador do partido Jamaat-e-Islami, foi executado na prisão central de Kashimpur, nos arredores da capital, por assassinato, cárcere privado, tortura e incitamento ao ódio religioso durante a guerra.
A execução ocorreu em meio a vários ataques militantes na nação de maioria muçulmana, o mais sério deles sendo o de 1º de julho, quando homens armados invadiram um café, no quartel diplomático de Dhaka, e mataram 20 reféns, a maioria estrangeiros.
O tribunal de crimes de guerra estabelecido pela primeira-ministra Sheikh Hasina, em 2010, tem motivado violência e atraído críticas da oposição, que afirma que o tribunal persegue seus inimigos políticos. O governo nega as acusações.
Grupos de direitos humanos dizem que os procedimentos dos tribunais estão abaixo dos padrões internacionais, mas o governo rejeita essa afirmação, e os julgamentos são apoiados por muitos cidadãos de Bangladesh.
Milhares de policiais e patrulheiros de fronteiras foram colocados em Dhaka e outras grandes cidades. Condenações e execuções anteriores foram o gatilho para a violência que matou por volta de 200 pessoas, a maioria ativistas do partido islâmico, e policiais.
Desde dezembro de 2013, cinco líderes do Jamaat, incluindo o ex-chefe do partido Motiur Rahman Nizami, e um líder do principal partido de oposição, foram executados por crimes de guerra.
(Por Ruma Paul)