SÃO PAULO (Reuters) - O ex-jogador Pelé afirmou nesta terça-feira, ao receber alta do hospital onde passou mais de duas semanas internado, que não teve medo de morrer apesar de ter ficado alguns dias em tratamento intensivo e ter precisado de um suporte renal.
Bem-humorado e aparentando estar bem, Pelé fez brincadeiras ao conceder uma entrevista coletiva ainda no hospital Albert Einstein ao lado dos médicos e da namorada, Márcia.
"Falar que eu fiquei com medo de morrer, isso não porque sou homem de Três Corações", disse o tricampeão do mundo com a seleção brasileira, em uma referência à cidade mineira onde nasceu.
Pelé fez um agradecimento à equipe médica e às pessoas que mandaram mensagens de apoio durante o período em que esteve internado. Segundo ele, fãs da Europa e até da China e do Paquistão fizeram manifestações de apoio ao ex-jogador.
"Podem estar certos que já estou me preparando para a Olimpíada", afirmou.
Pelé, de 74 anos, foi internado no hospital da zona sul da capital paulista em 24 de novembro para tratar uma infecção urinária. Ele precisou ser transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e passou por tratamento de suporte renal.
Eleito o Atleta do Século 20, Pelé só tem um rim, após ter passado por cirurgia para retirada de um dos órgãos na década de 1970, quando jogava pelo Cosmos, dos Estados Unidos.
O ex-jogador do Santos, que na semana passada passou para o tratamento semi-intensivo, vinha tendo uma boa evolução nos últimos dias, de acordo com os boletins médicos, e na sexta-feira divulgou um vídeo para agradecer o apoio e dizer que estava "recuperado".
No sábado, ele foi transferido para um quarto do hospital.
O tricampeão já havia sido internado no Hospital Albert Einstein em 12 de novembro, com dores abdominais, e foi submetido a uma cirurgia para a retirada de cálculos no rim, uretra e vesícula, que dificultavam seu fluxo urinário. Ele recebeu alta no dia 15.
(Por Tatiana Ramil)