O atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assegurou nesta 3ª feira (12.mar.2024) sua indicação como candidato do Partido Democrata à disputa nas eleições à Casa Branca previstas para 5 de novembro.
Com a vitória das primárias projetada nos Estados da Geórgia, Mississipi, Washington e no território livremente associado das Ilhas Marianas do Norte, o atual chefe do Executivo conquistou os 1.968 delegados necessários para a nomeação. A oficialização, porém, só deverá ser feita depois das primárias democratas em Chicago, previstas para agosto.
Enquanto isso, o candidato à nomeação do Partido Republicano Donald Trump deve conseguir o número mínimo de delegados para a sua indicação em breve. Biden e Trump devem refazer a disputa de 2020. Na ocasião, o democrata saiu vencedor do pleito com 306 delegados no Colégio Eleitoral dos EUA. São necessários ao menos 270.
Os 2 pré-candidatos à Presidência dos Estados Unidos aparecem tecnicamente empatados em pesquisa realizada AtlasIntel, em fevereiro. No estudo, Trump registrou 43,9% das intenções de voto, contra 42,3% de Biden. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Entenda as eleições nos EUA
Nos EUA, antes do pleito oficial, os Estados realizam prévias eleitorais –primárias ou caucus. O objetivo é escolher, dentre os pré-candidatos dos partidos, aquele que representará a legenda no pleito, marcado para 5 de novembro.
Nas prévias, cada Estado organiza sua primária com regras próprias. São 2 modelos. O tradicional, com voto em cédulas, que pode ser aberto, fechado ou livre. Com apenas filiados ou não. Já o caucus é uma reunião do partido. Os eleitores reúnem-se em um espaço para decidir quem será o candidato.
Nos Estados Unidos, o vencedor das eleições não é o candidato com mais votos populares, mas quem conquista a maioria dos delegados de cada Estado. Esses são distribuídos para o candidato mais votado. Nas prévias a lógica é diferente. Os delegados votam proporcionalmente ao número de votos.
A principal data das prévias foi em 5 de março, quando eleitores de 16 Estados e 1 território votaram. A data é conhecida como Super Tuesday (Super 3ª feira, em tradução livre). Os territórios de Guam e Ilhas Virgens encerrarão as prévias em 8 de junho.
Voto não obrigatório
Nos EUA, ninguém é obrigado por lei a votar em qualquer eleição local, estadual ou presidencial. Segundo a Constituição, votar é um direito, mas não é um requisito.
Colégio Eleitoral
O presidente e o vice-presidente dos EUA são eleitos indiretamente pelo Colégio Eleitoral. Cada Estado tem o mesmo número de delegados que cadeiras no Congresso (Câmara dos Deputados e Senado). São 538 delegados.
Após votar para presidente, o voto é contabilizado ao nível estadual. Em 48 estados e em Washington, D.C. o vencedor recebe todos os votos eleitorais daquele Estado. Maine e Nebraska atribuem seus eleitores usando um sistema proporcional.
Um candidato precisa do voto de pelo menos 270 delegados –mais da metade do total– para vencer a eleição presidencial.
Geralmente, um vencedor projetado é anunciado na noite da eleição em novembro. No entanto, a votação oficial do Colégio Eleitoral é realizada em meados de dezembro, quando os delegados se encontram.
A diplomação do resultado será em 6 de janeiro de 2025. A posse, em 20 de janeiro.