Por Jason Lange
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos EUA, Joe Biden, mantém uma vantagem marginal sobre Donald Trump para a eleição presidencial marcada para novembro, segundo uma pesquisa Reuters/Ipsos concluída nesta terça-feira, no momento em que o candidato republicano está enfurnado em um tribunal estadual combatendo acusações de ter falsificado registros comerciais.
Cerca de 40% dos eleitores registrados na pesquisa de dois dias disseram que votariam no democrata Biden se a eleição fosse realizada neste momento, enquanto 39% escolheriam o ex-presidente Trump. Essa vantagem de um ponto baixou de uma margem de quatro pontos a favor de Biden na pesquisa conduzida pela Reuters/Ipsos entre 4 e 8 de abril.
A pesquisa tem uma margem de erro de quase três pontos percentuais para eleitores registrados, sendo que muitos continuam indecisos a seis meses da eleição de 5 de novembro.
Aproximadamente 28% dos eleitores registrados da pesquisa disseram que não escolheram um candidato, estavam inclinados a votar em opções de outros partidos ou talvez nem votassem.
Oito por cento dos entrevistados escolheriam Robert Kennedy Jr., um ativista anti-vacinação concorrendo como independente, se ele estiver na cédula com Trump e Biden.
Embora pesquisas nacionais deem sinais importantes do apoio dos norte-americanos a candidatos políticos, apenas um punhado de estados geralmente influenciam a balança do colégio eleitoral dos EUA, que, em última análise, decide quem vence uma eleição presidencial.
Os dois candidatos possuem vulnerabilidades significativas para o que deve ser uma eleição acirrada, na primeira revanche em uma eleição presidencial em quase 70 anos.
Trump passou a maior parte de abril em um tribunal de Manhattan para o primeiro de quatro julgamentos criminais pendentes contra ele.
O julgamento em Manhattan envolve acusações de que Trump acobertou um pagamento a uma atriz de filmes adultos antes da eleição presidencial de 2016, em troca do silêncio da mulher sobre um suposto encontro sexual que teve com ele.
Segundo uma pesquisa anterior da Reuters/Ipsos, a maioria dos norte-americanos considera as acusações sérias. Trump se declarou inocente e nega ter tido qualquer encontro do tipo.
Os outros julgamentos envolvem acusações de que Trump tentou reverter a derrota eleitoral de 2020 ou que ele lidou irregularmente com documentos sensíveis após deixar a presidência em 2021. Trump se declarou inocente de todas as acusações.
As vulnerabilidades de Biden incluem preocupações com sua idade -- 81 anos -- e fortes críticas de uma parcela do Partido Democrata pelo seu apoio à guerra de Israel contra militantes do Hamas.
Trump, 77 anos, teve uma vantagem de dois pontos percentuais em relação a Biden entre todos os entrevistados para a pesquisa, mas a liderança de Biden entre eleitores registrados é significativa porque é mais provável que quem já está registrado para votar o faça em novembro. Apenas dois terços dos eleitores elegíveis compareceram às urnas na eleição presidencial de 2020, na qual Biden derrotou Trump.
Trump liderou entre os entrevistados do sexo masculino por 41% a 35%, enquanto Biden levou vantagem entre as mulheres, por 35% a 33%. Trump liderou entre os entrevistados sem diploma universitário. Biden liderou entre os que possuem um diploma.
(Reportagem de Jason Lange)