WASHINGTON (Reuters) - O governo do presidente norte-americano, Joe Biden, pediu nesta terça-feira que a Suprema Corte dos Estados Unidos intervenha após um tribunal federal de apelações temporariamente proibi-lo de destruir uma cerca de arame farpado colocada na fronteira do Texas com o México para impedir a imigração ilegal.
O governo pediu que os juízes suspendessem uma decisão de dezembro do Tribunal de Apelações Federal do 5º Circuito, sediado em Nova Orleans, que proibiu agentes da Patrulha de Fronteira de cortar ou transportar a cerca enquanto o litígio estiver em andamento.
O 5º Circuito concluiu em 19 de dezembro que um juíz federal estava errado ao decidir que o governo dos EUA é imune de um processo apresentado pelo Texas alegando ser ilegal uma política federal que remove a cerca.
O governo Biden afirmou aos juízes que aceitar a lógica do 5º Circuito "deixaria os EUA à mercê de Estados que podem tentar forçar o governo federal a adaptar a implementação de leis federais de imigração a vários regimes legais estaduais".
O governo Biden também disse que não havia indicação de que o arame farpado dissuadiu imigrantes de entrarem nos EUA.
A cerca de arame farpado foi instalada em propriedade privada ao longo do Rio Grande pela Guarda Nacional do Texas, parte da Operação Estrela Solitária lançada pelo governador republicano do Texas, Greg Abbott, em 2021, para impedir travessias ilegais pela fronteira.
(Reportagem de John Kruzel em Washington e Andrew Chung em Nova York)