BERLIM (Reuters) - O principal caçador de nazistas da Alemanha identificou quatro homens e quatro mulheres suspeitos de servirem como guardas, secretários e operadores de telefone num campo de concentração perto de Gdansk, e promotores vão examinar se eles podem ser acusados de cúmplices em assassinatos.
Jens Rommel, o chefe do Escritório Central de Investigação de Crimes Nazistas em Ludwigsburg, disse à agência de notícias DPA que os oito casos de suspeitos idosos vivos na Alemanha foram enviados para os promotores.
Os oito suspeitos teriam trabalhado no campo de concentração nazista de Stutthoff, perto de onde é agora Gdansk, na Polônia.
O escritório de Ludwigsburg não leva os casos à Justiça. Em vez disso, ele tem reunido informações para promotores públicos há décadas.
Suspeitos idosos, muitos dos quais negam a culpa, estão se tornando frágeis, mais de 70 anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, colocando ainda mais pressão no esforço para processá-los.
“O compromisso da Alemanha para identificar mais guardas dos campos nazistas é encorajador”, afirmou o Ronald Lauder, presidente do Congresso Mundial Judaico.
“Dado o vasto sistema de campos de concentração e extermínio montado pelos nazistas, e o número de pessoas necessárias para administrar e vigiar esses lugares, não é uma surpresa que alguns dos responsáveis estejam ainda hoje vivos.”
(Reportagem de Erik Kirschbaum)