Por Steve Scherer
ROMA (Reuters) - Mais de 200 imigrantes supostamente se afogaram na mais recente tragédia com um barco no Mediterrâneo, após trabalhadores de resgate salvarem mais de 370 pessoas de uma embarcação que supostamente levava 600 pessoas e virou no mar, indicou a Guarda Costeira italiana nesta quinta-feira.
Barcos de resgate, incluindo fragatas das Marinhas italiana e irlandesa e da agência humanitária Médico Sem Fronteiras (MSF), recuperaram 25 corpos após o navio afundar na costa da Líbia na quarta-feira e não encontraram mais pessoas durante a noite, disse um porta-voz.
Relatos iniciais indicam que havia cerca de 700 passageiros no barco lotado, mas entrevistas com sobreviventes -na maioria sírios que fugiram por conta da guerra civil-- reduziram a estimativa, e o número ainda pode mudar.
Nesta quinta-feira, outro grande barco imigrante foi visto na área, a cerca de 30 milhas da costa líbia, e um dos barcos de resgate da Itália foi enviado para ajudar, acrescentou o porta-voz.
Na quarta-feira, o barco virou à medida que um navio de resgate se aproximava, provavelmente porque passageiros desesperados foram para um mesmo lado da embarcação quando viram a ajuda chegar.
"Não sabemos quantas pessoas podem estar presas dentro do barco que virou e afundou, este é nosso maior medo hoje", informou o MSF, cujo navio de resgate Dignity 1 estava no local, na quarta-feira.