(Reuters) - Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), planeja concorrer a um segundo mandato de cinco anos como chefe da agência, noticiou o site Stat News nesta segunda-feira, citando uma pessoa a par do assunto.
Tedros é o rosto público dos esforços da OMS para lidar com a pandemia de Covid-19 desde que o novo vírus SARS-CoV-2 emergiu na cidade chinesa central de Wuhan, no final de 2019.
O etíope Tedros, como é conhecido por muitos, tornou-se em 2017 o primeiro africano a comandar a agência das Nações Unidas sediada em Genebra, e fez da cobertura de saúde universal sua prioridade.
A OMS não respondeu de imediato a um pedido de comentário da Reuters antes de uma coletiva de imprensa de rotina marcada para as 11h (horário de Brasília).
Não está claro a esta altura se outros concorrerão com Tedros, disse a reportagem do Stat.
Diplomatas disseram à Reuters que o apoio de nações africanas a Tedros seria crucial para uma reeleição, mas duvidando que ele possa contar com o endosso de seu país de origem, que o indicou da última vez.
Eles observaram que os militares da Etiópia o acusaram em novembro de apoiar e tentar obter armas e apoio diplomático ao partido político predominante do Estado de Tigré, que está enfrentando forças federais. Tedros nega escolher lados do conflito etíope.
Tedros, cujo perfil global cresceu dramaticamente durante a pandemia, voou a Pequim em janeiro de 2020 para conversar com o presidente chinês, Xi Jinping, para garantir sua cooperação e o compartilhamento de informações pouco antes de declarar uma emergência de saúde mundial.
(Por Manojna Maddipatla em Bengaluru e Stephanie Nebehay em Genebra)