WASHINGTON (Reuters) - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, conversou com o ministro chinês de Defesa Nacional, General Wei Fenghe, nesta quarta-feira, na primeira teleconferência entre as duas autoridades desde o início do governo do presidente norte-americano, Joe Biden, há mais de um ano.
As relações entre China e Estados Unidos têm sido tensas, com as duas maiores economias do planeta entrando em discordância sobre tudo, desde Taiwan e o histórico da China em relação a direitos humanos, às atividades militares no Mar do Sul da China.
O porta-voz do Pentágono John Kirby disse que as duas autoridades conversaram sobre as relações entre os países e "questões de segurança regional e a invasão não-provocada da Ucrânia pela Rússia".
Apesar das tensões e da retórica acalorada, autoridades militares dos EUA há muito buscam abrir as linhas de comunicação com seus equivalentes chineses para poder mitigar potenciais faíscas ou lidar com eventuais acidentes.
Austin, apesar de múltiplas tentativas, não conseguia conversar com líderes militares chineses até esta quarta-feira.
Uma autoridade norte-americana, falando em condição de anonimato, disse que a reunião, que durou cerca de 45 minutos, não teve grandes avanços, mas que Austin reiterou a importância de Pequim não ajudar a armar a Rússia para sua invasão da Ucrânia.
Uma nota de Pequim disse que Wei disse a Austin que Taiwan é parte da China, e que ninguém pode mudar isso.
"Se a questão de Taiwan não for conduzida da maneira apropriada, ela pode ter um impacto prejudicial nas relações entre China e EUA", afirma a nota publicada pelo Ministério da Defesa chinês.
(Reportagem de Idrees Ali e Phil Stewart)