(Reuters) - O filme chileno "Uma Mulher Fantástica", drama sobre uma mulher transgênero que tem um conflito com a família de seu companheiro depois que ele morre, conquistou o Oscar de melhor filme estrangeiro no domingo.
Dirigido e coescrito por Sebastián Lelio, o filme que era considerado o favorito para o prêmio deu ao Chile seu primeiro Oscar nesta categoria.
Daniela Vega, atriz transgênero de 28 anos que estrela a produção, só havia participado de um filme antes de "Uma Mulher Fantástica", e se tornou a primeira apresentadora abertamente transgênero do Oscar ao anunciar uma canção.
"Quero agradecer o elenco do filme", disse o diretor Sebastián Lelio, "especialmente o brilhante ator Francisco Reyes e a inspiração para este filme, Daniela Vega".
Daniela interpreta Marina, uma garçonete e cantora envolvida com um homem divorciado mais velho. Quando ele sofre um aneurisma e cai de uma escadaria, Marina o leva a um hospital. Pouco tempo depois, a polícia já a interroga para saber se ela teve alguma participação na morte.
Marina tem encontros ainda mais dolorosos com a família e a ex-esposa de seu companheiro, que ameaçam e insultam Marina na tentativa de impedi-la de ir ao seu enterro.
As batalhas da transgênero contra o preconceito são evocadas em cenas surrealistas, que lembram a tradição do realismo fantástico da literatura latino-americana.
O título chileno derrotou concorrentes de Rússia, Líbano, Suécia e Hungria.