Por Venus Wu e James Pomfret
HONG KONG/XANGAI (Reuters) - Autoridades da China prenderam um bispo "clandestino" convidado a assumir um papel dentro da Igreja Católica como parte de um acordo histórico entre o Vaticano e o governo comunista, disseram duas fontes nesta quarta-feira.
Segundo as fontes a par do assunto, Guo Xijin, conhecido como um bispo "clandestino" por não ter se filiado à Associação Católica Patriótica, entidade de controle estatal que opera independentemente do Vaticano na China, foi levado por autoridades de segurança da província de Fujian.
Na terça-feira o veículo de notícias católico Asia News relatou que Guo foi detido depois de se recusar a celebrar missas de Páscoa com Zhan Silu, um de sete bispos indicados por Pequim, mas não reconhecidos pelo Vaticano.
Os católicos chineses estão divididos entre comunidades "clandestinas", que reconhecem o papa, e as que pertencem à Associação Católica Patriótica, na qual os bispos são nomeados pelo governo em colaboração com comunidades da Igreja.
Uma das fontes familiarizadas com a questão disse que Guo e dois padres de Fujian foram levados. Uma segunda fonte com amplos contatos na igreja clandestina disse que Guo ficou ausente durante um dia, mas que desde então já voltou à sua diocese.
As duas fontes não quiseram se identificar devido à delicadeza do tema, e nenhuma delas disse por que Guo foi detido.
Nem o escritório de segurança pública da cidade de Ningde, em Fujian, nem e o Escritório Provincial de Nacionalidades e Assuntos Religiosos de Fujian responderam a telefonemas insistentes.
(Reportagem adicional de Greg Torode e Ben Blanchard, em Pequim)