WASHINGTON (Reuters) - A China preferiria tomar a vizinho Taiwan sem ações militares, mas está trabalhando para se colocar em uma posição na qual o seu Exército venceria, mesmo se os Estados Unidos interviessem, disseram chefes de inteligência dos EUA nesta terça-feira.
A China vê Taiwan, uma ilha governada democraticamente, como seu território "sagrado" e nunca renunciou ao possível uso de força para garantir uma unificação.
Os Estados Unidos, como a maioria dos países, não têm laços diplomáticos com Taiwan, mas são seu mais importante apoiador e fornecedor de armas internacional, uma constante fonte de tensão entre Pequim e Washington.
"É nossa opinião que eles (chineses) estão trabalhando duro para efetivamente se colocar em uma posição na qual seu Exército seja capaz de tomar Taiwan mesmo com nossa intervenção", afirmou a diretora de Inteligência Nacional, Avril Haines, ao comitê de Serviços Armados do Senado dos EUA.
Haines e o tenente-general, Scott Berrier, diretor da Agência de Inteligência de Defesa, depondo sobre ameaças mundiais à segurança nacional dos EUA, discutiram o que a China pode estar aprendendo com a guerra na Ucrânia e a resposta internacional a ela.
Haines disse que não acredita que a guerra acelerará os planos da China para Taiwan. Berrier afirmou que usar o Exército para atingir seu objetivo não é a primeira escolha de Pequim.
(Reportagem de Doina Chiacu, Idrees Ali e Patricia Zengerle)