Por Andrew Cawthorne
CARACAS (Reuters) - O conflito político entre o Parlamento venezuelano controlado pela oposição e o governo socialista do país se intensificou mais uma vez nesta quarta-feira depois do rompimento do diálogo liderado pelo Vaticano, ao mesmo tempo que cada lado tomou a iniciativa de indicar os seus próprios integrantes para o conselho eleitoral nacional.
A Unidade Democrática, coalizão de oposição, culpa o presidente Nicolás Maduro pela economia em recessão e disfuncional do país membro da Opep e quer removê-lo do cargo com um referendo ou com a antecipação das eleições presidenciais marcadas para o fim de 2018.
Maduro, de 54 anos, diz que manterá o curso e acusa os adversários de sabotar a economia e miná-lo ao mesmo tempo que também buscam dar um golpe com a conivência dos EUA.
Os dois lados se reuniram no fim de outubro num diálogo organizado pelo Vaticano e três ex-chefes de governo. Contudo, a oposição se retirou na semana passada dizendo que autoridades estavam negando os acordos, incluindo o aceite para negociar novos membros da comissão eleitoral de cinco pessoas.
Esse tema é central no longo conflito político venezuelano porque a comissão eleitoral rejeitou o pedido da oposição neste ano para convocar um referendo e é vista por muitos na Venezuela como sendo condescendente com o governo.