SEUL (Reuters) - O Ministério da Saúde da Coreia do Sul afirmou no sábado (horário local) que o país registrou mais nove casos da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), elevando o total de vítimas a 50, mas declarou que um paciente se recuperou e se tornou o primeiro a receber alta.
O surto, que veio à tona pela primeira vez em 20 de maio, já matou quatro pessoas e deixou a população temerosa. O governo foi criticado pela lenta reação inicial, o que teria permitido que um homem recém chegado da Arábia Saudita infectasse várias pessoas.
Todos os nove casos novos têm alguma ligação com o paciente inicial, afirmou o Ministério da Saúde. Entre eles, um agente da saúde de um hospital que tratou do homem infectado, acrescentou.
Não houve até agora uma transmissão sustentada de humano para humano, mas o pior cenário é a mutação do vírus e a rápida disseminação, como ocorreu com a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) em 2002-2003, matando cerca de 800 pessoas em todo o mundo.
A Mers foi identificada pela primeira vez em humanos em 2012 e é causada por um coronavírus da mesma família que desencadeou a Sars. Mas a Mers tem uma taxa de mortalidade muito superior, de 38 por cento, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os novos casos da Coreia do Sul elevam o número total em nível mundial para 1.194, com base em dados da OMS, com pelo menos 443 mortes relacionadas à doença.