HAVANA (Reuters) - Os Estados Unidos disseram nesta sexta-feira que manteriam uma equipe reduzida em sua embaixada em Havana, tornando permanente os cortes de funcionários implementados após diplomatas dos EUA reportarem questões de saúde e limitando seu alcance diplomático enquanto Cuba tenta emergir de anos de isolamento.
O Departamento de Estado reduziu a equipe da embaixada em mais da metade em setembro do ano passado devido a "ataques" que alegou ter causado perda de audição, tontura e fadiga em duas dúzias de funcionários. O departamento também expulsou 17 diplomatas cubanos que estavam alocados nos Estados Unidos.
"A embaixada continuará a operar com o mínimo de pessoal necessário para executar funções diplomáticas e consulares centrais, similar ao nível de equipe emergencial mantido durante a saída ordenada", disse o Departamento de Estado em nota. Ele disse que a embaixada agora operaria como um posto não-acompanhado, o que significa que diplomatas não teriam permissão para se mudar para lá com membros da família.
Cuba e uma série de analistas disseram que os Estados Unidos estavam tentando justificar o recuo na distensão iniciada em 2014 pelo ex-presidente dos EUA, Barack Obama, e o presidente cubano Raul Castro.
O presidente Donald Trump assumiu uma postura rígida quanto a Cuba, apertando o comércio e determinando restrições de viagens que remetem à era da Guerra Fria, no momento em que Cuba embarca em uma grande transição política e econômica.
(Por Sarah Marsh; reportagem adicional de Matt Spetalnick)