BERLIM (Reuters) - Legisladores alemães de origem turca, que foram ameaçados depois que o Parlamento declarou que o massacre de armênios, realizado em 1915, foi um genocídio, foram avisados a não viajarem para a Turquia e receberão mais proteção policial, segundo a imprensa, neste sábado.
A resolução no Parlamento alemão este mês, classificando os assassinatos de 1915 realizados pelas forças otomanas como genocídio, reforçou as tensões entre Berlim e Ancara.
O presidente turco Tayyip Erdogan disse que os 11 legisladores de origem turca que votaram a favor da resolução deveriam ser submetidos a testes de sangue, acusando-os de terem "sangue sujo" e serem terroristas.
O líder do Partido Verde alemão, Cem Oezdemir, que apoiou a resolução, também recebeu ameaças de morte.
A revista Der Spiegel disse que o ministro de Relações Exteriores aconselhou os legisladores a não viajarem para a Turquia porque sua segurança não poderia ser garantida. O ministro não respondeu imediatamente aos pedidos por um comentário.
"É indescritível saber que não é possível voar para lá agora", disse o comissário da integração da Alemanha, Aydan Oezoguz, segundo a revista.