Por Robin Emmott e Idrees Ali
BRUXELAS (Reuters) - Os ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) encontraram um consenso em seus planos mais recentes para conter a Rússia nesta quinta-feira, e ao mesmo tempo reprimiram suas frustrações com as novas tarifas sobre o aço que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, justificou mencionando a segurança nacional.
Deixando de lado brevemente o que o líder da Otan classificou como "diferenças graves" dentro da entidade, os ministros da Defesa combinaram um plano para proteger o Atlântico Norte do crescente poderio naval russo, mobilizar tropas mais rapidamente através da Europa e ter mais batalhões, navios e aviões em prontidão de combate.
"Existem diferenças relacionadas a temas como o comércio, o acordo nuclear com o Irã e a mudança climática", disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, a jornalistas.
"Temos desentendimentos entre aliados da Otan, mas estamos unidos na Otan quando se trata da tarefa essencial da Otan... de proteger uns aos outros."
A ministra da Defesa alemã, Ursula von der Leyen, disse que existem "temas polêmicos", mas que "o ambiente e nossa cooperação aqui na aliança estão repletos de confiança".
Na primeira reunião realizada na nova sede de vidro e aço da Otan, o secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, pareceu relaxado e sorridente durante partes das conversas a portas fechadas transmitidas aos repórteres, mas não falou publicamente na entidade nesta quinta-feira. Muitos ministros também evitaram pronunciamentos.