MANILA (Reuters) - O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, ordenou nesta segunda-feira o cancelamento de compra de fuzis policiais dos Estados Unidos, após assessores do Senado dos EUA falaram no mês passado que Washington interromperia as vendas por preocupações sobre violações de direitos humanos.
"Nós não iremos insistir em comprar armas caras dos Estados Unidos. Sempre podemos consegui-las em outro lugar. Estou ordenando que a polícia cancele. Não precisamos delas", disse Duterte em discurso televisionado.
"Teremos que procurar por outra fonte que é mais barata e talvez tão duradoura e tão boa quanto as feitas no lugar que estamos comprando", disse Duterte.
A relação entre Estados Unidos e Filipinas, aliados de muitos anos, se tornou complicada recentemente por uma reação nervosa de Duterte a críticas de Washington sobre sua violenta batalha para livrar o país de drogas ilegais.
Mais de 2.300 pessoas foram mortas em operações policiais ou por possíveis vigilantes como parte de esforços antinarcóticos do governo, que foram assunto-chave de sua campanha à Presidência.
No mês passado, assessores do Senado norte-americano disseram à Reuters que o Departamento de Estado pausou a venda planejada de cerca de 26 mil fuzis para a polícia nacional das Filipinas, após o senador Ben Cardin se opor por conta de preocupações com violações de direitos humanos.
Duterte disse anteriormente que a Rússia e China mostraram interesse em vender armas para as Filipinas.
(Reportagem de Karen Lema)