CAIRO (Reuters) - O Egito confirmou neste domingo ter prendido um produtor de notícias do canal Al Jazeera, acusando-o de "provocar a insubordinação" em nome da emissora baseada no Catar, a qual considera um porta-voz da proibida Irmandade Muçulmana.
Fontes judiciais disseram que Mahmoud Hussain, que foi detido na sexta-feira, estava sendo mantido sob acusações de perturbar a segurança pública e espalhar notícias falsas.
O Ministério do Interior afirmou em comunicado que as autoridades da Al Jazeera "ordenaram a alguns dos indivíduos colaborando com o canal dentro do país para continuarem implementando seu plano de mídia de provocar a insubordinação, o incitamento contra o Estado e espalhar o caos através da transmissão de notícias falsas."
Hussain foi identificado como "a pessoa responsável por implementar este plano para o canal", o qual não tem permissão de operar dentro do Egito.
A Al Jazeera não estava imediatamente disponível para comentar.
O Egito prendeu diversos repórteres durante os últimos dois anos, aumentando as preocupações com relação à liberdade de imprensa no país. Em maio, uma corte do Cairo recomendou a pena de morte contra dois deles, acusados à revelia de colocar a segurança nacional em perigo ao vazar segredos de Estado ao Catar.
(Reportagem de Haitham Ahmed e Ahmed Mohammed Hassan)