CAIRO (Reuters) - O respeito do Egito por tratados não o impede de usar “todos os cenários para preservar sua segurança nacional e os direitos históricos dos palestinos”, disse nesta terça-feira uma fonte de alto escalão do país, de acordo com a emissora Al Qahera News, afiliada ao Estado.
A reportagem chega no momento em que as tensões crescem entre Egito e Israel pela operação militar israelense na cidade de Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, e em seus arredores, pouco além da fronteira com o Egito.
Israel e Egito assinaram um tratado de paz em 1979 e, durante anos, cooperaram estreitamente em segurança na fronteira compartilhada e na fronteira entre Gaza e Egito.
O Egito alertou, no entanto, que as relações podem ser prejudicadas pela campanha militar de Israel em Gaza.
Segundo autoridades egípcias, a ofensiva em Rafah está impedindo o uso da passagem de Rafah para entregas de auxílio humanitário extremamente necessário para Gaza.
Israel anunciou em 7 de maio que assumiu o controle operacional da passagem. Fontes de segurança egípcias dizem que o Egito é contra a presença de Israel naquele local e quer que ele se retire.
Desde a eclosão da guerra entre Israel e Hamas em 7 de outubro, o Egito expressou preocupações de que a campanha de Israel pudesse empurrar moradores do enclave palestino para o outro lado da fronteira, onde fortaleceu a segurança.
O Egito tem apresentado sua oposição ao deslocamento como uma defesa dos direitos históricos dos palestinos.
(Reportagem de Nayera Abdallah e Ahmed Mohamed Hassan)