Por Simon Lewis e Sabine Siebold
BRUXELAS (Reuters) - O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, garantiu à Otan na quarta-feira que o governo Biden reforçará seu apoio à Ucrânia nos poucos meses antes do retorno de Donald Trump como presidente e tentará fortalecer a aliança nesse período.
Em reunião com o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, em Bruxelas, Blinken também disse que o envio de tropas norte-coreanas para ajudar a Rússia na guerra da Ucrânia "exige e receberá uma resposta firme".
O presidente eleito Trump, que questiona o apoio militar dos EUA à Ucrânia, afirmou que acabará rapidamente com a guerra da Rússia sem dizer como, levantando preocupações entre os aliados dos EUA de que ele poderia tentar forçar Kiev a aceitar a paz nos termos de Moscou. Biden deixa o cargo em 20 de janeiro.
Blinken disse, depois de se encontrar com Rutte na sede da aliança, que eles discutiram o apoio contínuo à Ucrânia, onde as forças russas vêm obtendo ganhos nas linhas de frente do leste, e o trabalho que a Otan deve fazer para fortalecer sua base industrial de defesa.
O governo dos EUA que está saindo "continuará a reforçar tudo o que estamos fazendo pela Ucrânia" para garantir que ela possa lutar efetivamente no próximo ano ou negociar a paz com a Rússia a partir de uma posição de força, declarou ele.
Biden "usará todos os dias para continuar a fazer o que fizemos nos últimos quatro anos, que é fortalecer essa aliança", disse Blinken, acrescentando que autoridades de Biden estavam trabalhando para entregar toda a ajuda aprovada pelo Congresso dos EUA para a Ucrânia antes de deixar o cargo.