Por John Davison
SAADNAYEL, Líbano (Reuters) - A atriz Angelina Jolie, que é enviada especial da Organização das Nações Unidas (ONU), exortou as potências mundiais na terça-feira a fazerem mais para pôr fim à guerra de cinco anos na Síria e ajudar as milhões de pessoas que fugiram do conflito enquanto visitava refugiados no Vale do Bekaa, no Líbano.
A guerra síria já matou mais de 250 mil pessoas, deixou metade da população desabrigada e criou a maior crise de refugiados do mundo desde a Segunda Guerra Mundial. A ONU media conversas para uma solução política em Genebra, mas as esperanças de progresso são modestas.
Diante de políticos que parecem incapazes de obter uma solução diplomática, simplesmente lidar com a crise humanitária crescente não é uma alternativa viável, disse Angelina.
"Não podemos administrar o mundo com alívio humanitário no lugar de diplomacia e de soluções diplomáticas", disse ela em um campo enlameado de Saadnayel, a cerca de 15 quilômetros da fronteira com a Síria. Refugiados se reuniam ao redor, enfrentando chuva e ventos fortes.
"Precisamos que governos de todo o mundo mostrem liderança: para analisar a situação e entender exatamente o que seu país pode fazer, quantos refugiados podem assistir e como."
Enfatizando o enorme influxo de refugiados nos vizinhos imediatos da Síria, que vêm acolhendo milhões deles, Angelina Jolie disse que o problema "não se limita à situação de dezenas de milhares de refugiados na Europa".