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Embaixada chinesa no Quirguistão é atingida por suposto carro-bomba

Publicado 30.08.2016, 09:48
© Reuters. Investigadores ao lado de portões da embaixada chinesa em Bishkek, capital do Quirguistão

Por Olga Dzyubenko

BISHKEK (Reuters) - Um suposto carro-bomba conduzido por um suicida colidiu contra os portões da embaixada chinesa em Bishkek, capital do Quirguistão, nesta terça-feira, matando o agressor e ferindo pelo menos três outras pessoas, disseram as autoridades.

Um porta-voz do Ministério do Interior do Quirguistão disse que o carro explodiu dentro do complexo e citou o vice-primeiro-ministro, Janysh Razako, que descreveu a detonação como um "ato terrorista".

A polícia isolou o edifício e a área adjacente, e o serviço estatal de segurança GKNB disse estar investigando o ataque a bomba, ocorrido perto das 10h locais.

A China repudiou a agressão e exortou as autoridades quirguizes a "investigar rapidamente e determinar a situação real por trás do incidente".

"A China está profundamente chocada com isto e condena fortemente esse ato violento e extremo", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, em Pequim.

Três funcionários da embaixada sofreram ferimentos leves e foram levados ao hospital, mas nenhuma organização assumiu a autoria da ação ainda, afirmou Hua.

A agência estatal de notícias chinesa Xinhua relatou que cinco pessoas ficaram feridas: dois seguranças e três cidadãos quirguizes que trabalham na representação.

© Reuters. Investigadores ao lado de portões da embaixada chinesa em Bishkek, capital do Quirguistão

As autoridades do Quirguistão, uma ex-república soviética majoritariamente muçulmana de 6 milhões de habitantes, detém rotineiramente supostos militantes islâmicos que acusam de ter laços com o Estado Islâmico, grupo que realiza muitos recrutamentos na Ásia Central.

Há quem acredite ainda que um grupo militante anti-China composto de membros da etnia uigur --um povo de maioria muçulmana que vive em maior parte na região chinesa de Xinjiang-- também esteja ativo na Ásia Central, embora especialistas de segurança o tenham questionado.

(Reportagem adicional de Michael Martina, em Pequim, e Ryan Woo, em Cingapura)

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