Por Angelo Amante
ROMA (Reuters) - Um cargueiro turco que as forças especiais italianas abordaram depois que a tripulação detectou um grupo de pessoas não identificadas a bordo deixou as águas da cidade de Nápoles, no sul, mostrou o site MarineTraffic, enquanto a polícia continuava investigando o incidente.
O ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, disse na sexta-feira que a operação das forças especiais foi lançada devido à presença de cerca de 15 migrantes a bordo do navio.
Um comunicado do Ministério dos Transportes turco disse que o navio Galata Seaways estava navegando do porto turco de Yalova para Sete, na França. A tripulação percebeu que outras pessoas estavam a bordo do navio no final da manhã de sexta-feira, disse.
A tripulação se trancou na casa de máquinas e alertou as autoridades marítimas da Turquia, que por sua vez contataram a Itália e a França. O capitão disse à polícia italiana que deu o alarme depois de ver duas das pessoas carregando facas, informou a mídia local.
A agência de notícias Ansa disse que os imigrantes -- que eram sírios, iraquianos e iranianos -- incluíam uma mulher grávida, e três deles foram indiciados pelas armas. A Ansa disse que duas mulheres foram levadas para o hospital, enquanto as demais foram transferidas para um centro de recepção de migrantes.
"Tudo terminou bem", escreveu Crosetto no Twitter no sábado, enquanto parabenizava as forças especiais e a polícia pela operação.
Crosetto disse na sexta-feira que os imigrantes tentaram assumir o controle do barco, mas a mídia local afirmou que nenhum deles foi acusado até agora enquanto as investigações continuam.
(Reportagem de Angelo Amante, Federica Urso e Yesim Dikmen)