SANTIAGO (Reuters) - Cerca de 20 estudantes que protestavam contra as políticas educacionais do governo do Chile foram retirados à força do palácio presidencial por seguranças nesta terça-feira, depois de entrarem no local disfarçados de turistas.
Vestindo bonés e mochilas laranja, os estudantes passaram diante da entrada do Palacio de la Moneda, no centro de Santiago, com câmeras nas mãos. Ao chegarem ao pátio central, eles desenrolaram uma faixa com os dizeres: "Tomem nota: a ofensiva começa hoje".
Os guardas tentaram arrastá-los para fora, criando cenas dramáticas, e muitos dos manifestantes resistiram, agarrando-se às colunas enquanto enfrentavam os seguranças.
De acordo com o sindicato estudantil Confech, o protesto foi uma reação ao que parece ser o ritmo lento das reformas do sistema educacional do governo centro-esquerdista da presidente Michelle Bachelet.
"Hoje nós, os estudantes do Chile, irrompemos em La Moneda para notificar a presidente, o governo do Chile, de que eles fracassaram", afirmou o porta-voz do Confech, Gabriel Iturra, em um comunicado.
"Os estudantes do Chile não podem continuar a esperar por uma reforma parcial que não torna as universidades gratuitas para todos e que não acaba com a busca de lucro (na educação)."
Bachelet, que iniciou seu segundo mandato não consecutivo em 2014, fez campanha prometendo uma série de reformas que incluiriam grandes mudanças no sistema educativo altamente privatizado do país e o acesso gratuito ao ensino universitário.