Por David Alexander
WASHINGTON (Reuters) - O Pentágono confirmou nesta sexta-feira que Ahmed Godane, líder do grupo islâmico Al-Shabbab, foi morto em um ataque aéreo na Somália esta semana, o que classificou como "uma grande perda simbólica e operacional" para os militantes afiliados à Al Qaeda.
"Confirmamos que Ahmed Godane, co-fundador do Al Shabaab, foi morto", afirmou o contra-almirante John Kirby, secretário de imprensa do Pentágono, em um comunicado.
Desde que assumiu o comando do Al Shabaab em 2008, Godane remodelou o grupo, que passou a ter uma atuação global dentro da rede da Al Qaeda, realizando bombardeios e ataques suicidas na Somália e em outras partes da região, como o ataque de 21 de setembro de 2013 ao shopping Westgate em Nairóbi, no Quênia, que matou 67 pessoas.
Godane assumiu publicamente a responsabilidade pelo atentado, dizendo ser uma vingança pelo envolvimento queniano e ocidental na Somália e ressaltando sua proximidade do aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001 em solo norte-americano.
Sua morte deixa um vácuo na liderança do Al Shabaab, e foi vista como o maior desafio à unidade do grupo desde sua emergência como força de combate oito anos atrás.
Forças dos Estados Unidos atingiram o acampamento de Godane no centro sul somali com mísseis Hellfire e munições guiadas por laser na segunda-feira, mas o Pentágono não confirmou sua morte até esta sexta-feira por ainda estar avaliando os resultados do ataque aéreo.
Abdi Ayante, diretor de Estudo de Políticas do Instituto Heritage em Mogadício, capital somali, afirmou que a perda de Godane "muda o jogo para o Al Shabaab de muitas maneiras".