EUA dizem ter atingido navio rebelde colombiano e Trump chama Petro de "líder do tráfico"

Publicado 19.10.2025, 15:39
Atualizado 19.10.2025, 15:42
© Reuters.

nch(Reuters) - Forças dos Estados Unidos atacaram uma embarcação associada a um grupo rebelde esquerdista colombiano, disse neste domingo o secretário de Defesa, Pete Hegseth, enquanto o presidente Donald Trump chamou o presidente colombiano, Gustavo Petro, de "líder do tráfico de drogas ilegais" e disse que os pagamentos à nação sul-americana seriam interrompidos.

Hegseth escreveu em uma publicação no X que o Pentágono havia destruído uma embarcação e matado três pessoas na sexta-feira "na área de responsabilidade do USSOUTHCOM", que inclui o Caribe.

Segundo ele, a embarcação era afiliada ao grupo rebelde esquerdista Exército de Libertação Nacional e estava envolvida no contrabando de narcóticos ilícitos, sem oferecer evidências para respaldar a alegação.

Esse foi o último de uma série de ataques dos EUA no Caribe contra navios que, segundo o governo Trump, estavam transportando drogas.

O Pentágono disse que não tinha nada a acrescentar além da postagem inicial de Hegseth.

A embaixada da Colômbia em Washington não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A publicação de Hegseth veio horas depois de Trump usar as redes sociais para acusar Petro de "incentivar fortemente a produção em massa de drogas". Os Estados Unidos vão interromper pagamentos e subsídios em grande escala à Colômbia, escreveu Trump no Truth Social.

"O objetivo dessa produção de drogas é a venda de grandes quantidades de produtos para os Estados Unidos, causando morte, destruição e caos", escreveu Trump.

A Reuters não conseguiu estabelecer imediatamente a quais pagamentos Trump estava se referindo. A Colômbia já esteve entre os maiores destinatários de ajuda dos EUA no Hemisfério Ocidental, mas o fluxo de dinheiro foi subitamente reduzido neste ano pelo fechamento da USAID, braço de assistência humanitária do governo dos EUA.

O Departamento de Estado dos EUA encaminhou perguntas à Casa Branca, que não respondeu imediatamente a uma consulta.

As relações entre Bogotá e Washington estão desgastadas desde que Trump voltou ao cargo. No mês passado, os Estados Unidos revogaram o visto de Petro após ele se juntar a uma manifestação pró-palestina em Nova York e pediu aos soldados norte-americanos que desobedeçam às ordens de Trump.

Os ataques fatais do governo dos EUA a barcos no Caribe também revoltaram os colombianos. Muitos especialistas jurídicos e ativistas de direitos humanos condenaram a extraordinária série de ações militares, com a Anistia Internacional descrevendo-a como assassinato em alto mar.

No início deste mês, Petro disse que um dos ataques havia atingido uma embarcação colombiana, alegação que o governo Trump negou.

A Colômbia luta contra seus próprios problemas de longa data com as drogas.  No ano passado, Petro se comprometeu a domar as regiões de cultivo de coca na Colômbia com uma intervenção social e militar maciça, mas a estratégia teve pouco sucesso.

Em setembro, Trump designou países como Afeganistão, Bolívia, Birmânia, Colômbia e Venezuela entre aqueles que os Estados Unidos acreditam terem "falhado comprovadamente" no cumprimento dos acordos antinarcóticos durante o ano passado.

(Reportagem de David Ljunggren e Raphael Satter)

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