TALLINN (Reuters) - Os Estados Unidos estão comprometidos com a segurança na região dos países bálticos e com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), disse o senador republicano John McCain na capital da Estônia nesta terça-feira, durante uma visita encarada como uma tentativa de apaziguar os temores com as políticas do presidente eleito norte-americano, Donald Trump.
Trump irritou muitos na Estônia, na Lituânia e na Letônia ao dizer, durante sua campanha, que iria analisar as contribuições dos países à Otan antes de ir em seu socorro em caso de necessidade.
O envolvimento militar da Rússia na Ucrânia e na Geórgia despertou nos bálticos o receio de que seu ex-mentor soviético possa tentar algo semelhante na região em algum momento.
"Acho que a presença de tropas norte-americanas aqui na Estônia é um sinal de que acreditamos no que Ronald Reagan acreditava, que é na paz por meio da força", disse McCain aos repórteres em Tallinn.
"E a melhor maneira de evitar um mau comportamento russo é ter militares críveis e fortes e uma aliança forte na Otan."
Os EUA enviaram cerca de 150 soldados para cada um dos três países bálticos e para a Polônia em abril de 2014.
Em uma visita de três dias à região com o também senador republicano Lindsey Graham, McCain disse não esperar que seu país retire as sanções contra a Rússia, impostas depois que Moscou anexou a Crimeia em 2014.
"Este certamente não é o caso hoje, tal como eu o entendo", afirmou.
Ele também disse que os EUA, independentemente de quem seja seu presidente, terá uma "reação forte e significativa", já que o presidente russo, Vladimir Putin, continua "a ocupar a Crimeia e invadiu o leste da Ucrânia e continua a ameaçar outras nações na região".
(Por Andrius Sytas, Gederts Gelzis e David Mardiste)