Por Bill Berkrot
(Reuters) - Mais três bebês nasceram nos Estados Unidos com má-formação relacionada a infecção do Zika vírus e uma gestação perdida foi ligada ao vírus, de acordo com dados atualizados por representantes de saúde pública do país nesta quinta-feira.
Isso eleva o total, até 23 de junho, para sete bebês com microcefalia ou outros problemas de nascimento relacionados ao Zika, como sérias anomalias cerebrais, e cinco perdas de gravidez.
Os números foram listados em um registro de dados sobre os EUA criado neste mês pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças.
O registro compila resultados de gestações com evidências laboratoriais de possível infecção de Zika nos 50 Estados e no Distrito de Columbia. A agência está atualmente monitorando 265 mulheres grávidas, sem contar aquelas em territórios dos EUA, como Porto Rico.
O Zika tem causado preocupação no continente americano devido ao alarmante aumento de casos de microcefalia, além de outras severas anormalidades cerebrais no feto ligadas ao vírus. Muitos casos foram relatados no Brasil, o mais afetado até agora pelo surto. Bebês com microcefalia tendem a ter cabeças menores e podem apresentar problemas de desenvolvimento.
O Brasil confirmou mais de 1.600 casos de microcefalia em bebês cujas mães foram infectadas com Zika durante a gravidez nesse recente surto.
Mais de 900 casos de Zika nos EUA relatados até agora envolveram pessoas que contraíram o vírus fora dos EUA, em áreas com surtos ativos de Zika, ou foram infectados após sexo sem proteção com um parceiro infectado.
Ainda não houve casos relatados de transmissão local do vírus nos EUA, mas especialistas de saúde esperam que isso aconteça com a chegada da temporada de proliferação de mosquitos, especialmente em Estados da costa do Golfo do México, como Flórida e Texas.
(Por Bill Berkrot)