Por Alexandra Alper
WASHINGTON (Reuters) - Cerca de 64.000 pessoas foram detidas ou devolvidas na fronteira sudoeste em agosto, queda de 22% em relação a julho e recuo de 56% sobre maio, disseram autoridades da fronteira dos Estados Unidos nesta segunda-feira, citando maior cooperação do México na repressão aos migrantes da América Central.
O número total, ainda o mais alto para o mês de agosto em mais de uma década, foi relatado conforme um juiz distrital norte-americano impôs um revés a uma nova regra da administração Trump, que tentava bloquear quase todos os pedidos de asilo na fronteira.
Com a política anti-imigração linha dura do presidente Donald Trump se configurando como uma polêmica em sua campanha de reeleição para 2020, Mark Morgan, comissário interino da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, anunciou as estatísticas em um briefing na Casa Branca.
Morgan disse que "o apoio e a cooperação sem precedentes" do México ajudaram a conter a maré e também deu crédito a países da América Central, que passaram a ver a migração em massa como uma crise regional, não apenas como um problema para os Estados Unidos.
Washington recebeu promessas de cooperação do México depois de ameaçar impor tarifas ao seu vizinho do sul e principal parceiro comercial.
O governo dos EUA também tem trabalhado mais de perto com Guatemala, Honduras e El Salvador, três países da América Central conhecidos como Triângulo do Norte.