WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos anunciaram medidas de segurança mais rígidas nesta quinta-feira para visitantes de 38 países do seu programa de isenção de vistos, que incluem nações europeias que têm observado centenas de seus cidadãos viajando para lutar com grupos militantes na Síria e no Iraque.
As mudanças exigem o uso de e-passaportes, que são passaportes de papel que contêm chips com informações biométricas, e ampliam o uso de agentes aéreos norte-americanos em voos internacionais, afirmou o Departamento de Segurança Interna.
Alguns parlamentares norte-americanos vêm pedindo restrições mais rígidas sobre o programa de isenção, que permite aos cidadãos de países participantes entrar nos Estados Unidos sem visto para estadias de 90 dias ou menos.
A senadora Dianne Feinstein, líder democrata no Comitê de Inteligência do Senado, criticou o programa como vulnerável ao abuso, chamando-o de "calcanhar de Aquiles" dos esforços norte-americanos para evitar ataques em seu território.
A comunidade de inteligência dos EUA avaliou em fevereiro que mais de 20.000 combatentes estrangeiros, incluindo pelo menos 3.400 ocidentais, têm viajado à região da Síria e do Iraque desde 2011.
Combatentes ocidentais na Síria e no Iraque encontraram alguns de seus recrutas na Bélgica, na França e na Grã-Bretanha, de acordo com o Centro Internacional para o Estudo da Radicalização. Todos esses três países participam do programa de isenção de vistos dos EUA, assim como muitos outros países europeus.
(Reportagem de Doina Chiacu)