Por Tina Bellon
BERLIM (Reuters) - O ex-paramédico de 95 anos da SS nazista no campo de concentração de Auschwitz, acusado de ser cúmplice no assassinato de milhares, será julgado na Alemanha na segunda-feira, um de uma série de casos similares recentes.
Hubert Zafke trabalhava como médico na SS no maior campo de concentração na Polônia ocupada, aonde foi transferido em 1943. Durante o julgamento, ele vai se deparar com os relatos de pelo menos duas testemunhas.
Promoteores na cidade de Schwerin, no norte da Alemanha, dizem que Zafke, em sua função como médico, apoio a matança em Auschwitz, onde mais de 1,2 milhão de pessoas, em sua maioria judeus, foram mortas.
Zafke era responsável por tratar membros da SS no caso de doenças e não qualquer um dos internados, mas promotores dizem que sua posição repousava diretamente no caminho para as câmaras de gás.
De acordo com investigações iniciais, Zafke não negou ter sido um membro da SS em Auschwitz, mas ele alega não ter testemunhado nada relacionado às mortes. Os promotores dizem que, além de ser testemunha das caminhadas às câmaras de gás, ele também devia estar ciente da fumaça constante emanando dos crematórios.