ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O ex-primeiro-ministro português António Guterres pode se sagrar como novo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) quando o Conselho de Segurança da entidade realizar sua segunda votação secreta na sexta-feira, disseram alguns diplomatas.
Embora as candidatas a primeira mulher no comando da ONU pareçam ter perdido força, outros diplomatas afirmam que continua sendo cedo demais para prever quem irá substituir Ban Ki-moon, que entrega o cargo no final de 2016 depois de cumprir dois mandatos de cinco anos.
Doze postulantes --seis homens e seis mulheres-- disputam o posto. (graphic - http://tmsnrt.rs/2aLr6IV)
A campanha deste ano desencadeou uma iniciativa de grupos da sociedade civil e de quase um terço dos 193 Estados-membros da ONU, liderados pela Colômbia, em defesa da primeira secretária-geral da organização. Quatro integrantes do Conselho de Segurança estão neste grupo: Japão, Espanha, Uruguai e Venezuela.
"É uma pena não haver nenhuma mulher no primeiro ou segundo lugar", disse o embaixador da Ucrânia, Volodymyr Yelchenko, atualmente um membro do Conselho.
A embaixadora colombiana, Maria Emma Mejía, disse que o Grupo de Amigos por uma Secretária-Geral teve êxito em colocar a igualdade de gênero na pauta da ONU e em atrair seis candidatas, mas que causou decepção "nenhuma delas estar no topo" na primeira votação.
Os 15 membros do conselho tem uma cédula para cada candidato para dizer se "encoraja", "desencoraja" ou "não tem opinião" sobre cada nome.
Na primeira rodada, em 21 de julho, Guterres teve 12 encorajamentos e três votos sem opinião. Foi seguido de perto pelo ex-presidente esloveno, Danilo Turk, que conseguiu 11 encorajamentos, mas teve dois "desencoraja", além de um "não tem opinião".
(Por Michelle Nichols)