Por Mohammed Mukhashaf
ÁDEN, Iêmen (Reuters) - Uma bomba próxima ao gabinete do governador na cidade iemenita de Áden matou quatro pessoas nesta quinta-feira, disseram testemunhas, e a União Europeia pediu para que as partes envolvidas evitassem atingir infraestrutura civil, após ataques aéreos liderados pela Arábia Saudita terem atingido o porto de Hodeida.
Ninguém reivindicou responsabilidade pela explosão em Áden, principal cidade portuária do sul do país e que é controlada por forças aliadas ao presidente exilado Abd-Rabbu Mansour Hadi, depois da expulsão de rebeldes houthis no mês passado. Uma autoridade disse que o governador estava presente, mas não se feriu.
A centenas de quilômetros dali, uma autoridade local disse que um homem armado não identificado atacou um posto militar do governo no distrito de Thamud, perto da Arábia Saudita, matando quatro soldados.
Em comunicado publicado on-line, o grupo militante Estado Islâmico disse ter realizado o atentado contra o "Exército apóstata", seu primeiro ataque declarado contra o governo desde que emergiu neste ano.
Os ataques mostram a fragilidade do governo do Iêmen, apesar de centenas de ataques aéreos de uma coalizão de Estados árabes liderada pela Arábia Saudita.
Essa campanha tem ajudado o governo de Hadi a retomar controle de grande parte do sul do país e reverter os ganhos conquistados pelos houthis, um grupo aliado ao Irã, após cinco meses de guerra civil.