Por Lisa Barrington
BEIRUTE (Reuters) - Cinco explosões atingiram áreas controladas pelo governo e uma cidade comandada por uma milícia curda na Síria na manhã desta segunda-feira, matando várias pessoas, disseram a mídia estatal e um grupo de monitoramento.
Não ficou claro de imediato se há alguma ligação entre as detonações relatadas ao longo de uma estrada nas cercanias de Damasco, nas cidades sob mando governamental de Homs e Tartus– que abriga uma base militar russa– e em Hasaka, cidade do nordeste sírio nas mãos de combatentes da milícia curda Unidades de Proteção Popular (YPG).
Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques, que ocorreram pela manhã.
Mais de cinco anos de guerra civil dividiram a Síria em uma colcha de retalhos de territórios controlados pelo Estado e por uma gama de facções armadas -- incluindo o Estado Islâmico, que atacou a cidade mediterrânea de Tartus em maio.
Duas explosões atingiram a área da ponte de Arzouna, na entrada de Tartus, nesta segunda-feira, relataram o Observatório Sírio dos Direitos Humanos e a agência estatal de notícias Sana.
O Observatório estimou o saldo de mortes em 32, entre eles militares sírios, e disse que o número provavelmente irá aumentar. O diretor de um hospital de Tartus disse à Sana que 35 pessoas morreram e que 45 ficaram feridas.
A televisão estatal síria disse que a primeira explosão foi ocasionada por um carro-bomba e a segunda por um cinturão de explosivos detonado quando socorristas chegavam ao local do primeiro incidente.
As detonações aconteceram durante o festival de verão de Tartus, cujas praias apareceram recentemente em um vídeo de turismo do governo circulado nas redes sociais convidando as pessoas a visitar a costa síria do mar Mediterrâneo.