BEIRUTE (Reuters) - O Exército da Síria acusou os rebeldes no leste sitiado de Aleppo nesta terça-feira de possuírem estoques de alimentos e lhes orientou a distribuir rações para aliviar a escassez uma semana depois da retomada de ataques aéreos e bombardeios na área.
A existência de tais provisões de comida não pôde ser verificada. Na sexta-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) disse que as remessas de ajuda se esgotaram no leste de Aleppo. A ONU não consegue acessar o setor rebelde da cidade desde o início de julho.
"O comando geral das Forças Armadas conclama os militantes nos bairros do leste de Aleppo a abrirem os depósitos de rações e distribuir comida àquelas que necessitam", disse um comunicado do Exército.
O porta-voz humanitário da ONU, Jens Laerke, disse à Reuters que não está claro a quem pertencem os depósitos aos quais os militares se referiram.
Zakaria Malahifji, membro do alto escalão do grupo rebelde Fastaqim, que atua em Aleppo, disse não haver armazéns repletos de alimento.
"As pessoas estão atrás de pão. (O Exército) está dizendo estas coisas para parecer que se importa com as pessoas", afirmou Malahifji.
Ele e outra testemunha em Aleppo disseram à Reuters que civis protestaram na semana passada diante de um edifício que se diz pertencer ao conselho municipal de Aleppo pensando haver estoques de comida do lado de dentro.
(Por Lisa Barrington e Stephanie Nebehay)