NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - A já conturbada missão de paz da Organização das Nações Unidas na República Centro-Africana recebeu novas acusações de estupros cometidos por pacificadores, incluindo vítima menor de idade, disse uma porta-voz da ONU nesta quarta-feira.
Na semana passada, o chefe da missão, conhecida como Minusca, foi demitido após uma série de alegações de abuso sexual e uso excessivo da força cometidos por pacificadores. Babacar Gaye foi substituído do comando por Parfait Onanga-Anyanga, nomeado chefe interino da missão.
"Uma nova série de perturbadoras alegações de más condutas recentemente vieram à tona", disse a repórteres a porta-voz da ONU Vannina Maestracci.
"Os eventos supostamente aconteceram nas últimas semanas", afirmou ela. "Estas novas alegações dizem respeito a um relato de que três jovens moças foram estupradas por três membros do contingente militar da Minusca."
Ela disse que uma das moças era menor de idade e que o incidente aconteceu em Bambari, onde tropas da República Democrática do Congo (RDC) estão destacadas.
As alegações foram feitas para a divisão de direitos humanos da Minusca em 12 de agosto pelas famílias das três mulheres, disse a porta-voz.
Fontes da ONU, falando em condição de anonimato, confirmaram à Reuters que os soldados acusados eram da RDC. As fontes disseram que a ONU em Nova York foi informada das alegações em 17 de agosto.
(Por Louis Charbonneau e Michelle Nichols)