PARIS (Reuters) - A França defendeu nesta quinta-feira que conversas de paz sobre a Síria devem ser retomadas o mais rápido possível sob os auspícios da Organização das Nações Unidas (ONU) e pareceu questionar os planos de discussões apoiadas pela Rússia no Cazaquistão sobre o assunto.
O governo sírio e forças rebeldes iniciaram um cessar-fogo em 30 de dezembro como primeiro passo para negociações presenciais, apoiadas por Turquia e Rússia, e que devem acontecer na capital cazaque, Astana. A data e os participantes ainda são incertos.
A ONU liderou conversas anteriores em Genebra, mas após diversas rodadas infrutíferas e um aumento da violência na guerra civil de seis anos que beneficiou o presidente sírio, Bashar al-Assad, e seus apoiadores, Moscou e Ancara concordaram em dezembro em iniciar novos esforços de paz.
"Negociações precisam ser retomadas o mais rápido possível", disse o presidente francês, François Hollande, ao corpo diplomático estrangeiro em discurso no Ano Novo.
"Elas precisam ser lideradas sob os auspícios das Nações Unidas dentro dos padrões concordados em Genebra em 2012."
Moscou tem dito que as conversas propostas para Astana iriam complementar a ONU. No entanto, diplomatas europeus e fontes da oposição tem apontando que somente alguns grupos armados serão convidados, com representação limitada da oposição política, apesar de discussões sobre aspectos como a Constituição.
(Reportagem de John Irish)